O medo que invadia a neblina
Perguntava por mim
Em cada canto
Dobrando a esquina
Não eram razões que me faziam chorar
A cidade nublada e vazia
Gostava de mim
Uma chuva de cinzas
Me fazia delirar
Em cada quarto conhecido
Eu sentia o gosto de ferrugem
Perfumando o lugar
Era como um abraço gelado
Um sonho profundo e acordado
Preciso lembrar daquele momento
Em que esquecer era o único
Meio de não enlouquecer
Preciso ficar aqui
Tempo o suficiente
Para terminar de cair
Preciso daquele beijo impossível
Aquele porque até agora sobrevivi
lindo poema, se tivesse conversado com você antes dessa criação, o consideraria um presente pessoal dessa triste manhã, pois é assim como me sinto no momento, perdido na neblina ainda esperando o doce beijo que me permite sobreviver
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